por Rafael Emiliano
Apesar da folga concedida ao elenco, o primeiro dia do São Paulo após o título da Copa do Brasil foi de intenso trabalho por parte da diretoria. Algumas medidas para a próxima temporada, agora com a vaga na Copa Libertadores garantida, começaram a ser definidas. E a priopridade é garantir a permanência de Lucas Moura.
O meia-atacante chegou ao Morumbi com contrato curto, somente até o final do ano, depois de ver frustrada as tentativas de ir jogar no México, EUA e mundo árabe. O plano era se manter em atividade para depois fechar um último bom contrato na carreira no exterior.
O desejo da família de Lucas era se mudar para terras estadunidenses. Mas... A adaptação da mulher e filhos do camisa 7 à rotina paulista foi melhor que o esperado. Problemas de segurança e do caos tradicional que a vida em uma metrópole como São Paulo (SP), principal temor da família do meia-atacante, simplesmente foram superados pela idolatria inquestionável que a torcida tricolor tem pelo jogador.
Chegou aos ouvidos da diretoria histórias de que a mulher de Lucas, famosa da torcida pelas redes sociais, ouve declarações de amor ao marido em uma simples ida à padaria. Em uma das vezes, os filhos tiveram sorvetes e doces comprados de presente por um são-paulino fanático, como 'agradecimento' por tudo o que o camisa 7 fez no duelo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians.
Toda a 'Lucasmania' que ronda o Morumbi dá a confiança aos cartolas para tentarem a sua permanência. Afinal, como seria se Lucas faturasse o tetracampeonato da Libertadores do Tricolor?
E o primeiro passo concreto é a formulação da proposta a ser enviada ao estafe do camisa 7. Segundo o AMT apurou, ela é de um ano, estabelece um novo teto salarial no clube e tem pomposos bônus por metas alcançadas.
"Agora vamos continuar conversando, o Lucas já sabe que a gente, óbvio, quer continuar com ele e vamos fazer tudo que for necessário. O Lucas é fundamental dentro e fora de campo, o seu tamanho eleva o patamar do elenco como um todo, então a gente vai fazer o máximo, mas, de novo, daqui até o fim do ano tem tempo, vamos deixar tudo se assentar, mas o torcedor pode ter certeza de que faremos o máximo possível", disse o diretor de futebol Carlos Belmonte, ao portal 'Globo Esporte'.
De fato, conversas com o camisa 7, seja por parte da diretoria, seja da comissão técnica, são diárias. Tudo para identificar qualquer indício de insatisfação. A certeza é que o Lucas agora veterano de dez anos de Europa parece de fato o mesmo de quando juvenil, feliz e empolgado pela fase e recepção que teve. A ambientação da família é outro ponto que embaralha a cabeçado meia-atacante sobre o plano inicial de apenas 'passar' pelo Tricolor. E lhe dá motivação para seguir por mais tempo.
"Estou vivendo um sonho, literalmente. Por tudo que envolveu minha volta, a mobilização da torcida nas redes sociais, até alguns jogadores mandando mensagens para mim. Estou vivendo um sonho, São Paulo é sentimento, está na minha pele, fui formado no clube, subi com 17 anos, agora estou com 31, careca e com dois filhos, aguentando a molecada me zoando já (risos). Mas feliz demais", destacou Lucas, ao 'Sportv'.
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