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CASARES REELEITO! Conselheiros fazem coalizão por atual presidente e, sem espaço, oposição oficializa desistência

 

Olten Ayres Jr. e Casares: novo triênio de mandato está matematicamente garantido (Rubens Chiri/SPFC)

por Rafael Emiliano

Ainda não é oficial, mas somente uma tragédia impedirá a reeleição de Julio Casares como presidente do São Paulo para os próximos três anos.

E, conforme revelou o AVANTE MEU TRICOLOR, o atual mandatário tricolor vai mesmo ser meramente aclamado nas eleições que devem acontecer na segunda quinzena de dezembro

A 'pá de cal' de Casares para conquistar um novo mandato no cargo máximo do Morumbi aconteceu nesta quarta-feira (4). 

Em reunião do Conselho Deliberativo, mais de 200 dos 260 conselheiros do clube, além de outros 100 vitalícios, formaram uma coalizão e assinaram uma carta em que garantem a reeleição de Casares e também de Olten Ayres Júnior na presidência do órgão diretivo tricolor.

Por si só, o número de 'eleitores' do atual mandatário, além de garantir a reeleição tranquila, anulam qualquer chance de haver um concorrente no pleito. Isso porque são necessárias 105 assinaturas de conselheiros para efetivação de uma chapa oposicionista. Número evidentemente impossível de ser alcançado com a coalizão pró-Casares.

A reação após a reunião foi imediata. Marco Aurélio Cunha, principal nome da oposição após a ida de Vinícius Pinotti para as fileias 'casaristas', anunciou que não será candidato por questões pessoais. E com isso os nomes contrários ao atual mandatário decidiram abdicar da disputa neste ano.

Nomes oposicionistas isolados ainda mantém esperança que um nome capaz de atrair a atenção dos vitalícios saia da eleição geral dos sócios na segunda quinzena de novembro para eleger o novo quadro de conselheiros. Mas, por ora, tudo não passa de um devaneio.

O AVANTE MEU TRICOLOR revelou que desde o mês passado Casares tenta, através de interlocutores, atrair Cunha para suas fileiras. É um sonho de Muricy Ramalho, atual coordenador técnico, ter MAC no cotidiano do CT da Barra Funda, por exemplo. Mas sem cargo de chefia, a possibilidade parece remota.

É notório que MAC e Casares possuem relação conturbada desde o término da gestão Juvenal Juvêncio, quando o primeiro se debandou para a oposição, onde permanece até hoje. Ambos, inclusive, chegaram a protagonizar um bate-boca ao vivo na TV Gazeta na época por conta da polêmica decisão do Conselho na ocasião que permitiu a Juvenal ter um terceiro mandato.

Recentemente, MAC foi a podcasts e programas na internet onde também criticou Casares pela mudança no estatuto que lhe permitirá disputar a reeleição.

Mas... Desde que Pinotti mudou de lado no cenário político interno do Tricolor, a oposição vem encontrando dificuldades na escolha de um nome para disputar com Casares. Uma parcela significativa exige que MAC seja esse nome, mas o ex-dirigente já enfatizou que não tem planos. E deixou escapar a interlocutores, conforme revelado à reportagem do AMT, que está ficando desgastado com a situação.

Foi o suficiente para que Casares buscasse uma reaproximação com o ex-desafeto. Um encontro entre os dois pode acontecer após a final da Copa do Brasil. E a mudança de lado de MAC ser sacramentada imediatamente, deixando o atual mandatário definitivamente sem concorrentes para o pleito.

Eleições de presidentes por aclamação não é novidade na história são-paulina. Nos primórdios, os nomes eram escolhidos anteriormente em reuniões e apenas oficializados nas eleições propriamente. Laudo Natel, por exemplo, foi reeleito duas vezes sem que houvesse um concorrente.

Recentemente, dois nomes ganharam as eleições sem concorrentes. Em 1996, Fernando José Casal de Rey foi reeleito por aclamação. Em 2014, Carlos Miguel Aidar até tinha adversário, mas Kalil Rocha Abdalla, em uma chapa composta também por MAC como vice, tirou a candidatora horas antes da eleição.

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