BURACO ESPERADO: São Paulo divulga balanço de 2023 com aumento de dívida e déficit

Casares ao lado da diretoria são-paulina no CT da Barra Funda (Instagram)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


O São Paulo divulgou nesta sexta-feira (26) o seu balanço financeiro relativo à temporada 2023. E, conforme o esperado, o clube do Morumbi viu sua dívida - e por consequência seu déficit - aumentarem.


O ano que encerrou a primeira gestão de Julio Casares à frente do clube teve um déficit de R$ 62 milhões, além do aumento da dívida em R$ 80 milhões comparando com 2022.


O endividamento do São Paulo, que antes era de R$ 586,5 milhões, passou para R$ 666,6 milhões.

 

 


O 'rombo' já era esperado, visto que a equipe deixou de cumprir alguns itens do planejamento financeiro estipulado, como a venda de jogadores, apostando no retorno esportivo (conquista da Copa do Brasil).


O Tricolor estimava arrecadar R$ 166,5 milhões com negociações de jogadores. Mas o número ficou em R$ 120,7 milhões, motivado muito pela venda do zagueiro Beraldo ao PSG, da França, no apagar das luzes do ano passado. O montante é pouco mais da metade do ganho pelo clube no quesito no ano anterior, 2022, quando abocanhou R$ 228,6 milhões com transferências (de novo motivado por fatores externos, no caso a ida do ponta Antony, que ainda mantinha direitos federativos, do PSV para o Manchester United).


Outra fonte de receita que teve queda foi a de patrocínios e publicidade. Em 2022, o São Paulo arrecadou R$ 54,1 milhões com parceiros comerciais. No ano passado, o valor caiu para R$ 46 milhões.


O que salvou a lavoura são-paulina em 2023, também como já era esperado, foi a grana vinda da bilheteria. Batendo recordes de público no Morumbi, o São Paulo alavancou seu faturamento de R$ 54,1 milhões em 2022 com ingressos para R$ 64,4 milhões no ano passado.


Terminados os primeiros três anos de gestão Casares, o cenário é pouco animador no que tange o endividamento. O São Paulo inicia 2021 com uma dívida total de R$ 574,9 milhões. E vê o primeiro triênio do dirigente encerrar com um passivo de R$ 666,6 mi.


Importante, contudo, ressaltar que o perfil dos débitos mudou. Quando a atual diretoria assumiu, a maioria das dívidas era de curto prazo, mas atualmente o clube conta com pendências de vencimento a longo prazo.


Apesar do aumento da dívida, o São Paulo defende que ela está sob controle, uma vez que seu faturamento em 2023 foi superior ao débito total. 


O Tricolor arrecadou no ano passado R$ 680,7 milhões, contra R$ 660,5 milhões em 2022. Número deveras discreto para quem busca melhorar sua condição.

 



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