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SÃO PAULO FAZ REUNIÃO INTERNA COM BOBADILLA PARA ENTENDER CASO E TRAÇAR DEFESA

Paraguaio deu sua versão do caso à diretoria tricolor (Alexandre Schneider/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A diretoria do São Paulo se reúne na manhã desta quarta-feira (28) com o volante Bobadilla, mesmo com o elenco tricolor de folga, para entender melhor as acusações sofridas pelo jogador de que ofendeu de forma xenófoba o lateral-esquerdo Navarro, do Talleres, no duelo entre os clubes na terça-feira (27),no Morumbi, pela Copa Libertadores.

A informação foi divulgada inicialmente pela 'ESPN' e confirmada ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes da cúpula de futebol são-paulino.

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O clube do Morumbi, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, quer ouvir de seu jogador oque aconteceu e seu posicionamento sobre o caso.

De antemão, a ideia do São Paulo é prestar toda a assistência a Bobadilla. O clube pretende contratar um advogado criminalista para auxiliar o departamento jurídico na defesa do paraguaio.

A tendência é que este profissional especializado procure as autoridades, tenha acesso aos depoimentos prestados e, a partir daí, recebendo uma intimação, marque uma reunião com o delegado responsável pelo caso para que Bobadilla também dê sua versão.

A confusão começou aos 41 minutos do segundo tempo, enquanto o São Paulo comemorava o segundo gol. Bobadilla e Navarro discutiram. O jogador do Talleres ameaçou deixar o jogo e chegou a chorar, literalmente. Acabou consolado até mesmo por jogadores do Tricolor e pelo árbitro.

Navarro e outros integrantes do elenco e comissão técnica do adversário foram até o posto da Polícia Militar no Morumbi relatar o ocorrido e denunciar o paraguaio do Tricolor.

Após a partida, Luciano foi o primeiro a ir de encontro a Bobadilla e tirou o paraguaio de campo correndo para evitar maiores problemas.

A PM chegou a ir ao vestiário do São Paulo para colher o depoimento de Bobadilla, mas o jogador deixou o estádio tão logo saiu de campo.

Após a partida, o jogador do Talleres foi às redes sociais e contou sobre o ocorrido.

"Quisera poder ter em minhas mãos a solução para o problema de fome pelo qual passa o meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Mas não creio que pode se fazer muito contra a pobreza mental", escreveu.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil com Bobadilla", completou.

O Talleres também se pronunciou sobre o ocorrido por meio de nota em suas redes sociais.

O São Paulo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. E o técnico Luis Zubeldía chegou a se incomodar com perguntas sobre o ocorrido na entrevista coletiva.

Vale lembrar que no grupo do São Paulo da Libertadores teve um exemplo de jogador punido (por quatro meses) pela Conmebol por xenofobia: Pablo Ceppelini, do Alianza Lima. 

Segundo a Conmebol, o jogador uruguaio infringiu o artigo 15.1 do código disciplinar da entidade, que proíbe qualquer atitude que "menospreze, discrimine ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas por motivos de cor da pele, raça, religião, origem étnica, gênero ou orientação sexual".

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o caso vai ser investigado como injúria pela Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) da Polícia Civil. E Bobadilla será intimado a prestar depoimento sobre o caso.



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