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COM NOVELA RUAN LONGE DE UM FINAL FELIZ, SÃO PAULO REABRE CONVERSAS COM ZAGUEIRO DA FERROVIÁRIA

Gustavo Medina em partida da atual Série B (Instagram)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Com uma indefinição sobre a permanência de Ruan no elenco cada vez mais longe de ser positiva, a diretoria do São Paulo resolveu não perder tempo e reabriu conversas com o zagueiro Gustavo Medina, da Ferroviária.

A informação foi confirmada neste sábado (28) ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes da cúpula do futebol são-paulino.

Medina, de 23 anos, é titular absoluto do clube interiorano, tendo atuado em dez das 14 partidas deles na Série B, onde ocupa a 13ª colocação na tabela, com 18 pontos, cinco atrás da zona de acesso à elite nacional. Ao todo, são 23 jogos no ano, com um gol marcado.

O zagueiro é revelado nas categorias de base da Ferroviária, ficou um tempo no Cruzeiro, chegou a passar pelo Taubaté por empréstimo e vem chamando a atenção no ano, sendo um dos líderes do elenco, apesar da pouca idade. 

O São Paulo monitora o jogador desde o início do ano e chegou a conversar sobre valores para uma contratação em maio.

Medina tem contrato com a equipe interiorana até dezembro do ano que vem. E o São Paulo o vê como uma opção acessível e viável para recompor o elenco, após o pedido pela contratação de mais um defensor pelo técnico Hernán Crespo, que antecipou a utilização de três zagueiros.

Conforme a reportagem apurou, a diretoria tricolor conta com a ajuda do empresário Giuliano Bertolucci, agente do jogador e pai do dono da Ferroviária, nas negociações. A ideia é um acordo de empréstimo até o final do ano com cláusula de compra fixada.

A NOVELA RUAN

Dada inicialmente como encerrada, as conversas entre São Paulo e Sassuolo pela permanência do zagueiro Ruan no Morumbi foram reabertas no decorrer da última quarta-feira (25).

AVANTE MEU TRICOLOR apurou que muito da decisão do clube italiano em aceitar retomar as negociações se deve principalmente à postura do próprio jogador e de seu empresário, que bateram o pé pela permanência no Morumbi.

Ainda de acordo com o que a reportagem apurou, o Tricolor tem um entendimento com o Sassuolo por um empréstimo de mais um ano. Para isso, pagaria 240 mil euros (cerca de R$ 1,5 milhão).

O grande problema para o Tricolor neste momento está nas condições depois do empréstimo, mais precisamente na cláusula de opção de compra.

O São Paulo propõe que as condições para a compra definitiva de Ruan seja por meio de metas (exatamente como foi no primeiro empréstimo). 

O Sassuolo recusa novo acordo do tipo e quer a obrigatoriedade da negociação ao final desse novo repasse. Inclusive com uma das parcelas já sendo paga no início do ano que vem.

Os italianos ainda querem uma cláusula que permitiria a eles venderem Ruan em janeiro caso o São Paulo não cumpra os pagamentos (o Tricolor atrasou parcelas do empréstimo ao longo dos últimos meses).

Emprestado ao São Paulo apenas até o próximo dia 30, Ruan vai passar por uma artroscopia no joelho direito nos próximos dias para saber se necessitará ou não passar por cirurgia no local. O jogador de 26 anos vinha sendo titular com o ex-técnico Luis Zubeldía, mas as dores crônicas o tiraram de cinco dos últimos seis jogos do Tricolor antes da pausa no calendário do futebol brasileiro para a realização do Mundial de Clubes.

A informação foi revelada inicialmente pelo portal 'Globo Esporte'. Segundo o sítio, exames realizados pelo departamento médico do Tricolor não apontaram com exatidão a causa das dores sentidas pelo jogador no joelho.

O resultado do procedimento pode ser crucial para que a equipe do Morumbi consiga manter Ruan em seu elenco, como deseja a diretoria, que negocia desde maio uma forma do zagueiro seguir no clube pelo menos até o final desta temporada.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou no início do mês, o Sassuolo, equipe italiana dona dos direitos do jogador, havia comunicado o São Paulo que desejava o retorno de Ruan mesmo contundido

Fontes ouvidas pela reportagem apontam que, na verdade, poderia se tratar só de um jogo de cena dos europeus, que supostamente não acreditaram inicialmente nas informações clínicas passadas pelo São Paulo. O fato é que o Sassuolo tem planos de negociar Ruan nesta janela de transferências. Ou melhor, tinha, já que se a necessidade de procedimento cirúrgico for confirmada, não há como estimar nem uma data mínima para o retorno dele aos gramados, impossibilitando uma eventual transferência.

Por conta disso, o 'Globo Esporte' aponta que a resistência do Sassuolo em manter Ruan no Morumbi teria diminuído nos últimos dias.

O São Paulo apelará para a obrigação regulamentar da Fifa, que permite a permanência de jogadores emprestados contundidos no clube para o qual foram repassados pelo tempo que for necessário para a sua recuperação. Isso porque o próprio Ruan já comunicou a seus empresários que quer fazer o tratamento no Reffis no CT da Barra Funda.

O problema é que o Sassuolo quer o zagueiro se recuperando em suas dependências. E caso tenha que passar mesmo por cirurgia, os italianos podem bater o pé para que o procedimento seja realizado por um médico de confiança deles.

Não é algo inédito no próprio São Paulo. O mesmo ocorreu, por exemplo, com o ponta Marcos Paulo em 2023. Na ocasião, após brigar com o então técnico Rogério Ceni, o jogador, mesmo contundido, foi chamado de volta pelo Atlético de Madri, dono de seus direitos, que preferiu fazer sua recuperação em suas instalações.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, é mais um indício de que o Sassuolo, recém-promovido de volta à elite italiana, não quer manter seu jogador no São Paulo, apesar do próprio Ruan ter comunicado a equipe por meio de seus empresários do desejo de continuar no Morumbi.

É interesse da diretoria também manter Ruan no elenco. No final do mês passado, por exemplo, o Tricolor chegou a pagar 100 mil euros (R$ 640 mil, na cotação de hoje) à vista de pendência financeira do valor acertado pelo empréstimo de um ano do zagueiro.

Os 90 mil euros (R$ 575 mil) restantes serão quitados pelo São Paulo futuramente, após entendimento com o Sassuolo pelo zagueiro.

Ruan não teve as metas de compra obrigatória atingidas. Para ter Ruan por um ano, os brasileiros acertaram com o Sassuolo a taxa de compra de R$ 26,8 milhões. E o São Paulo precisa ficar em definitivo com o jogador caso ele atue em pelo menos 25 jogos. E a cota da partida é preenchida caso ele atue por mais de 45 minutos. Ele sequer atingiu o limite de sete jogos permitidos para que um atleta troque de equipe dentro do próprio Campeonato Brasileiro.

Sem dinheiro e asfixiado pelo teto de gastos imposto pelo fundo de investimento, o São Paulo não tem dinheiro para honrar o acordo fechado com os italianos para ficar com Ruan em definitivo. E, diferente do que aconteceu com a Lazio nas tratativas com Marcos Antônio, o Sassuolo não aceitou nenhum tipo de acordo que não o estabelecido anteriormente.  



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