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OPINIÃO: Sem nenhum reforço de peso, São Paulo vai sofrer no 2º semestre e amargar mais um ano sem títulos

Luis Zubeldía não terá chegada de nenhum nome de peso para o restante do ano (Foto: Erico Leonan/SPFC)

MARCIO MONTEIRO
@avantmtricolor

Não, eu não sou um mensageiro do caos que está temendo que o São Paulo caia para a Série B do Brasileirão ao final do ano. Pelo contrário, acredito que, pelo elenco que tem, o Tricolor poderia brigar por título neste 2025.

O que vimos no primeiro semestre, no entanto, nos leva a pensar no contrário. Um Paulistão sem encantar, com tropeços históricos que acabaram arrebentando fisicamente os mais velhos do grupo, sem necessidade, a não ser para salvar a pele do técnico. 

A tão pedida base começou a entrar em campo, mas não por primeira opção de Luis Zubeldía, mas sim pelas lesões que começaram a acumular jogadores no Reffis. Como todo jovem, eles oscilam. Lucas Ferreira teve o melhor início, mas caiu de produção. Alves fez alguns bons jogos, e Ryan pouco atuou, assim como o prodígio Lucca, que também já teve leve contusão, mas já voltou.


Vieram as principais competições do ano, e não animaram, com exceção à Copa Libertadores, em que o Tricolor avançou com a 2ª melhor campanha da fase de grupos, ainda que em uma chave fácil, que teve certos tropeços no Morumbi. 

No Brasileirão a campanha é ruim, e o primeiro duelo da Copa do Brasil, com vitórias apertadas sobre o Náutico, não encheu os olhos do torcedor.

Quando a coisa não anda lá muito boa, a primeira coisa que o clube pensa é em se reforçar. Com o São Paulo, não é diferente, mas sabe que agora a situação é bem mais complicada, devido a suas finanças.

Rebolando para tentar sanar sua dívida que já atinge quase a marca total de R$ 1 bilhão, o Tricolor atua no mercado da bola totalmente sem dinheiro, apenas tentando convencer jogadores sem muita expressão que estão livres de contrato ou sem espaço em seus clubes atuais. 


A falta de dinheiro é cruel neste mercado inflacionado do futebol atual. Quase nenhum jogador atuando no exterior aceita voltar ao Brasil ganhando menos do que R$ 1 milhão, valor que parece ter virado comum no país. Loucura total!

Carlos Vinícius é um desses. Quem? Pois é, com todo respeito ao atacante que nunca vi jogar, que ainda disse que aceita baixar sua pedida salarial pela ‘vontade’ de jogar no São Paulo, mas não é nome que muda o patamar do time.

Até mesmo Thiago Mendes, que praticamente viveu um dia de jogador tricolor no ano passado, ao visitar o CT, almoçar com o grupo, conversar com a diretoria, assistir jogo do time no Morumbi, deve não mais fechar com o São Paulo, com quem tinha bases salariais apalavradas.


A bola da vez é Dinenno, atacante argentino de 30 anos do Cruzeiro, que tem acerto encaminhado para empréstimo ao São Paulo até o final desta temporada. O gringo já tinha perdido espaço no clube, e ainda rompeu ligamento do joelho, só retornando em abril deste ano. É este o tipo de jogador que o Tricolor tem condições de trazer, e ainda vai tirar ainda mais espaço do tão pedido Ryan Francisco. 

Com esperanças ainda de manter Ruan, de quem pagou a dívida com o Sassuolo às pressas, após ser notificado na Fifa pelos italianos, este é o cenário que representa bem a situação tricolor: está brigando para seguir com seu zagueiro reserva que pertence a um clube pequeno da Europa, já que não tem dinheiro para comprá-lo em definitivo.

Assim, a missão é somente esta dos responsáveis por captar nomes ao São Paulo: ficar de olho em todos os nomes que estão saindo de seus clubes sem custos, em sua maioria jogadores em baixa em suas carreiras. 

Como já disse por aqui, o Tricolor não é favorito nem mesmo em seu primeiro duelo do mata-mata da Libertadores, diante do Atlético Nacional, da Colômbia. Espera por um verdadeiro milagre para sonhar com o tetra da competição. Na Copa do Brasil, também tem rivais muito à frente. E no Brasileirão, bem, se sairmos da parte debaixo da tabela de classificação, já é motivo de comemoração. 

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