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2024? Dorival diz que ainda não começou a planejar futuro do São Paulo. Mas dá algumas pistas...

Dorival conversa com auxiliares no jogo de quarta (Rubens Chiri/SPFC)

por Rafael Emiliano

O que será do São Paulo em 2024, agora campeão da Copa do Brasil e com a disputa da Copa Libertadores pela frente? Essa é a pergunta de ouro que o técnico Dorival Júnior teve de responder nos vestiários do Morumbi após a vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, na quarta-feira (27). 

Qual será o planejamento do Tricolor? Dorival evita falar. Mas dá algumas pistas daquilo que já tem em mente...

"Nós não começamos a falar nada a respeito de planejarmos algo ou imaginarmos alguma coisa para o ano que vem. Nós temos é que continuar fazendo todas as observações possíveis, temos que errar o mínimo (possível) para o ano… se trouxermos dois ou três nomes, serão muito importantes, desde que no nível desses que chegaram agora por último (James Rodríguez e Lucas Moura). É isso que nós gostaríamos que acontecesse. Todos nós estaremos sendo observados, e eu incluo aí todos os jogadores, para que possamos tomar uma decisão e erremos o mínimo possível para o ano que vem", disse Dorival.

Mas nem só de chegadas vive o trabalho de um treinador. O vomandante tricolor tratou de enfatizar que, depois de ter as peças de seu plantel seguradas neste ano, já espera por prováveis saídas na próxima janela de transferências.

"Mais um ponto: será que não foi importante a permanência desses jogadores no elenco do São Paulo? O que a diretoria conseguiu alcançar em termos de retorno imediato com relação à conquista da Copa do Brasil, à bilheteria, que melhorou, ao sócio-torcedor, que aumentou… vários aspectos que o clube conseguiu alcançar. Nós alcançamos algumas entradas por um outro caminho que não o retalhamento da equipe. Será que não valeu a pena? Um outro ponto, em definitivo: esta equipe hoje não está muito mais valorizada do que quinze dias atrás, antes 

desta conquista? Esses jogadores talvez tenham ganho uma qualificação, e, ganhando tudo isso, nós ganhamos preço (maior) numa 

possível venda futura. Então, se o São Paulo quiser realmente vender hoje um atleta, vai vender com o preço que lhe satisfaz, e não apenas uma troca de valores, sem que se tenha condições de repor o atleta tecnicamente. Se nós tivéssemos vendido nesse momento, dificilmente chegaríamos aonde nós chegamos. Dificilmente alcançaríamos 

o que alcançamos. E acho que nós não erramos, porque o São Paulo tem hoje um elenco valorizado, muito em razão da conquista que teve. São pontos que nós também temos que passar a avaliar. Se for uma venda como a de alguns que nós vimos de outros clubes, com valores que extrapolaram… em que seria impossível o clube manter o atleta, ótimo. Aí, sim, foi compensador. Do contrário, eu acho que nós temos que tentar segurar o máximo possível o atleta. Depois que eles apresentarem um retorno técnico, aí, sim, que nós busquemos um retorno financeiro. Mas os clubes têm que se estabilizar um pouco mais. 

E, para isso, é preciso ter um grande time e um grande elenco, para que você conquiste. Se conquistar, o retorno com certeza acontecerá por outros caminhos", apontou o técnico são-paulino.

E o ingrediente que falta nessa receita? As categorias de base. Dorival revelou os planos que tem para nomes vindos da base.

"Há garotos que nós estamos observando, sim, do sub-20 e do sub-17. Mas é natural que, para se ter uma certeza, seja preciso tê-los ali dentro. Com a quantidade de atletas que nós temos hoje, é impossível que isso aconteça. Eu tenho primeiro que respeitar aqueles que lá estão. E há momentos em que acontecem situações como essa. Eu não posso trazer um Alexandre Pato ou um Méndez… eu tenho de às vezes deixar jogadores de ótimo nível lá dentro, porque não há como 

montar a equipe e os suplentes com a quantidade que nós temos. Isso também possibilita essa situação inicial. Não seria o ideal neste instante. Nós vamos ter que avaliá-los de uma outra forma. Mas nós estaremos de olho. Estamos de olho, com certeza, porque, se há uma coisa que eu gosto de fazer, é essa integração com a base. Nós ainda não tivemos esse tempo. Essas três competições sendo disputadas ao mesmo momento nos tiraram possibilidades de fazer outras coisas. É por isso que eu afirmei que até este momento nós não pensamos em 2024 de maneira nenhuma. Não há como fazer. De repente, daqui a pouco, lá na frente, pode ser que sim. Aí, aceleraremos isso um pouco", concluiu.

 

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