Últimas notícias

6/recent/ticker-posts

BALANÇO: 2024 foi o ano da gestão Casares com maior comprometimento das receitas do São Paulo com futebol

Belmonte conversa com Zubeldía no CT da Barra Funda (Instagram)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Levantamento publicado pela 'Sports Value' apontou que 2024 foi o ano da gestão Julio Casares em que houve o maior comprometimento das receitas do São Paulo com o futebol.

Segundo os dados da consultora, o futebol consumiu 90% dos R$ 582,9 milhões faturados em receitas pelo Tricolor.

Em termos de comparação, o maior índice de gastos das receitas ganhas com futebol pelo clube do Morumbi com o presidente atual tinha sido justamente no seu primeiro ano de mandato, em 2021, quando torrou 87% do que arrecadou com o esporte carro-chefe da instituição.

Nos dois anos anteriores, contudo, a gastança do futebol esteve de certo forma controlada: usou 69% das receitas em 2022 e 76% em 2023.

O índice do ano passado fez os são-paulinos lembrarem da gestão anterior de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que encerrou sua gestão com gastança no futebol (o futebol consumiu 106% em 2019 e 93% em 2020).

Parte do aumento de 2024 pode ser refletido nos custos do futebol. O departamento liderado por Carlos Belmonte foi o quarto que mais gastou no futebol brasileiro, com R$ 655,7 milhões, quantia 26% maior que a do ano anterior.

O próprio balanço explica o descontrole do futebol são-paulino. Dos sete itens listados nas receitas operacionais são-paulinas com futebol (base e premiação), quatro foram menores em 2024 na comparação com o ano anterior. Alguns, como arrecadação de bilheteria e direitos de TV e premiações, pode ser explicado pelo desempenho em campo. O Tricolor encerrou a temporada passada com o título da Supercopa do Brasil, mas caiu nas quartas de final de todas as outras competições mata-mata que disputou (Paulistão e copas do Brasil e Libertadores).

O futebol profissional, aliás, é o motivo para o tímido crescimento das receitas. Justamente esses itens são os únicos que apresentaram ganho menor na comparação com 2023. O clube social e o marketing (englobando aí acordos de patrocínio e faturamento com o Morumbi) tiveram aumento de receita em todos os itens. Alguns consideráveis.

Em partes justifica, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, a insatisfação interna de conselheiros e sócios influentes com Carlos Belmonte, diretor de futebol. 

Em partes, há fundamentação nas queixas recebidas pelo presidente Julio Casares do trabalho no CT da Barra Funda. O São Paulo projetou receber R$ 170 milhões com negociações de jogadores no ano passado. Mas o total ficou em R$ 93,3 milhões: 54,8% do previsto, pouco mas que a metade.

Em partes, esse número é explicável por conta do pouco número de negociações para saída de jogadores concretizadas ao longo do ano passado (a maioria das saidas aonteceram já em janeiro). Basta lembrar que sete atletas da base, por exemplo, saíram de graça com o clube apenas mantendo parte dos direitos.

Aliás, para se ter ideia do tão fraco foi o desempenho são-paulino na negociação de jogadores, a bilheteria, que também teve queda de receita, ainda assim registrou uma fonte de renda maior.

Conforme já revelado pelo AVANTE MEU TRICOLORas contas do clube do Morumbi para o próximo ano registram uma dívida de R$ 968,3 milhões para uma receita de R$ 731,9 milhões.

Ou seja, para você que não é bom de conta, o déficit tricolor ficou em cerca de R$ 289 milhões, o maior já registrado pelo clube em toda a sua história.






Postar um comentário

0 Comentários