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Atacante comemora gol marcado no Fluminense no último Mundial de Clubes (Michael Reaves/Getty Images) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O vazamento da informação de que o São Paulo abriu negociações para contratar o atacante Marcos Leonardo junto ao Al Hilal, da Arábia Saudita, abriu uma verdadeira corrida de bastidores no mercado da bola de interessados em contar com o jogador.
Dois desses interessados são velhos conhecidos dos são-paulinos: Santos e Palmeiras.
De acordo com o apurado pelo AVANTE MEU TRICOLOR, os rivais tricolores procuraram o estafe de Marcos Leonardo interessados em "atravessar" as tratativas com o clube do Morumbi.
O Santos tentou utilizar um expediente emocional parecido com o São Paulo, no caso o fato de Marcos Leonardo ter sido revelado na Vila Belmiro. Já o Palmeiras prometeu cobrir qualquer proposta financeira feita pelo Tricolor.
Em ambos os casos, contudo, a resposta obtida do atacante foi um sonoro não. Assim como Atlético-MG e Flamengo, que também buscaram informações sobre ele durante o final de semana.
Marcos Leonardo quer ser jogador do São Paulo.
E o recado mais que claro de que o atacante de 22 anos quer mesmo viver uma noite de Copa Libertadores no Morumbi foi dado nesta segunda-feira (1).
Em reunião com dirigentes do Al Hilal, o ex-santista foi claro ao dizer aos sauditas que não tem interesse em nenhuma outra proposta que não a do São Paulo, mesmo as vindas do exterior. E que, para isso, vai ajudar na negociação.
O jovem atacante comunicou que se o Al Hilal emprestá-lo ao Tricolor, ele abre mão de receber o salário de cerca de R$ 2,7 milhões até o final do ano, incluindo luvas e bônus a que teria direito. Por isso, aceita ganhar o oferecido pelo clube do Morumbi no período (um montante bem menor).
A contrapartida, óbvia, é o Al Hilal topar emprestá-lo de graça ao São Paulo até o fim de dezembro.
Marcos Leonardo não será inscrito no Campeonato Saudita devido ao limite de estrangeiros, o que motiva o empréstimo para evitar inatividade. Para o Al Hilal, liberar o jogador significa economizar recursos com um atleta fora dos planos do técnico Simone Inzaghi.
Jogar no Brasil pode valorizar o atacante para futuras vendas, especialmente se ele for destaque em competições como a Copa Libertadores ou convocado para a Seleção Brasileira.
DIFICULDADE NO MERCADO
O São Paulo está no mercado atrás de um centroavante após ser confirmada a grave contusão de André Silva, que pode voltar a jogar apenas no ano que vem.
Sem ele e outras duas opções (Calleri e Ryan Francisco, que também estão no Reffis), Hernán Crespio tem para escalar o ataque, como centroavante nato, o conterrâneo Dinneno, nome que chegou do Cruzeiro ainda quando o treinador era Luis Zubeldía, que inclusive o indicou ao Tricolor (fato, aliás, que pode contribuir para sua baixa utilização com o novo comandante).
Além de Dinneno, peças podem ser improvisadas, como os pontas Ferreirinha e Tapia, além de Luciano, que pode fazer funções como de falso 9.
Com teto de gastos e limite orçamentário, o Tricolor tem dificuldades para sair ao mercado atrás de um nome para reforçar suas fileiras. A opção é por alguém livre no mercado ou que chegue por empréstimo. O tempo urge, já que a janela de transferências se encerra no dia 2 de setembro.
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