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COM RAFAEL EXPULSO, SÃO PAULO SOFRE COM ARBITRAGEM E VÊ GOLEIRO DO ATHLETICO-PR BRILHAR PARA ELIMINÁ-LO NOS PÊNALTIS NA COPA DO BRASIL

Lance polêmico aos 3 minutos: erro absurdo do juiz (Luiz Delgado/Agência F8)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

O nome do árbitro mineiro Felipe Fernandes de Lima será um daqueles que o torcedor do São Paulo não se esquecerá tão cedo.

Isso porque São Paulo e Athletico-PR mal tiveram tempo de dar alguma emoção no duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (6), na Arena da Baixada, e o homem do apito aprontou: expulsou o goleiro Rafael de forma absurda logo aos 3 minutos, por suposta falta no atacante do time mandante. E estragou o espetáculo.

Com um a menos em tão pouco tempo, os comandados de Hernán Crespo se seguraram como deu, conseguindo até anular o time paranaense no primeiro tempo, mas sofrendo o gol na etapa final, selando a derrota no tempo regulamentar por 1 a 0.

Com a igualdade no placar agregado, a decisão da vaga nas quartas de final foi para os pênaltis. E aí foi a vez do goleiro deles, Santos, brilhar, defendendo as três cobranças do Tricolor, de Sabino, Tapia e Jandrei. 

O resultado quebra algumas marcas positivas do clube do Morumbi, como a série de cinco vitórias seguidas que Crespo vinha mantendo e a série de sempre avançar às quartas de final da Copa do Brasil desde 2019. Isso sem contar o prejuízo, já que o Tricolor deixa de ganhar os R$ 4,7 milhões de premiação da CBF.

O São Paulo volta a campo às 18h30 (de Brasília) de sábado (9), para enfrentar o Vitória no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Semana que vem começa a decisão das oitavas de final da Copa Libertadores, ante o Atlético Nacional, da Colômbia.

O erro absurdo do senhor Lima ocorreu quando Arboleda vacilou em um lançamento longo ao ataque da defesa athleticana. Viveros arrancou e chegou na bola antes de Rafael, que saiu da área e fechou o espaço do atacante, de fato dando a impressão de ter o derrubado e cometido falta.

Entretanto, o replay da jogada mostra que Rafael sequer encosta do adversário, em clara simulação. O mais revoltante é que o VAR não revisou e não interferiu na marcação de campo, mantendo a decisão do mineiro.

Rafael foi para o vestiário mais cedo e implodiu junto o plano de jogo montado por Crespo, que precisou sacar Rodriguinho, de novo a aposta nos 11 iniciais, para colocar o reserva Jandrei nas metas. 

E, ante a inferioridade numérica, a ausência de um construtor mais apurado no meio-campo e uma arbitragem confusa que picotou o duelo o quanto pode, o time são-paulino jogou com a vitória no jogo de ida debaixo do braço.

Durante a primeira etapa deu certo. O Tricolor se fechou em um 5-3-1, fixando os alas atrás para formação de uma barreira defensiva dos pontas dos mandantes, recuou Luciano para jogar mais à intermediária e ajudar na recomposição e combate aos armadores dos paranaenses e Ferreirinha ficou isolado à frente, dando mobilidade e velocidade para recuperação das bolas longas que vinham.

O que se seguiu no restante dos 45 minutos iniciais foi um jogo truncado, mal conduzido pela arbitragem, que permitiu a interferência dos jogadores, abrindo espaço para um certo tom de dramaticidade e tensão no ar.

Jogadas de feito, mesmo, não ocorreram. O Athletico não conseguia furar a defesa tricolor e alçava bolas na área sem nenhuma objetividade, fáceis para a defesa. O São Paulo arriscou um outro chute de fora da área, após seus avançados conseguirem dominar os chutões que vinham de trás. Em um deles, aos 46, os defensores dos mandantes hesitaram e Santos precisou suar para defender antes da chegada de Luciano.

Na etapa final, a impressão era de que as coisas seguiriam na mesma toada. Crespo sacou a dupla amarelada no primeiro tempo, Arboleda e Bobadilla, mas manteve a estruturação tática com Sabino e Marcos Antônio. 

Por um lado, o clube do Morumbi seguia com as tentativas de bolas longas vindas da defesa. E em um desses lançamentos, quase que deu bom. Aos 20, Marcos Antônio achou Luciano em progressão para dentro da área e o camisa 10 finalizou cruzado para marcar, mas a arbitragem (olha ela de novo aí) anulou o lance apontando impedimento.

O problema para o Tricolor foi que o Athletico aprimorou seu jogo no segundo tempo. A rotação ofensiva melhorou, o toque de bola deles era mais objetivo e, aos poucos, iam encontrando formas de vencer a marcação são-paulina.

Dada a intensidade deles, que melhorou, era questão de tempo até o pior acontecer. Aos 23, em um lançamento de inversão de jogo para o ataque, Mendonza salvou a bola de sair pela linha lateral e rolou para trás no meio da defesa tricolor para Esquivel finalizar cruzado e ver Renan Peixoto desviar sutilmente para culminar no gol.

O tento implodiu de vez a aspiração criativa do São Paulo, que tentava construir de forma progressiva, mas sem tanta disciplina ao mesmo tempo que via o adversário melhorar e seguir jogando em cima para definir o confronto, beneficiado pelo espaço de ter um jogador a mais em campo.

Na melhor das chances deles, aos 35, Leozinho lançou Renan Peixoto, Jandrei saiu para fazer o corte e Dudu, com o gol livre, bateu longe do gol e desperdiçou excelente oportunidade.

Nos minutos finais, meio que sem pernas, o time mandante perdeu um pouco o ímpeto para atacar e o São Paulo só administrou as coisas como deu, satisfeito por perder só por um gol de diferença, levando a decisão da vaga para os pênaltis.

COBRANÇA DOS PÊNALTIS

Giuliano (Athletico) - gol - 0 x 1
SABINO (SÃO PAULO) - SANTOS DEFENDEU - 0 x 1
Esquivel (Athletico) - gol - 0 x 2
TAPIA (SÃO PAULO) - SANTOS DEFENDEU - 0 x 2
Mendoza (Athletico) - gol - 0 x 3
JANDREI (SÃO PAULO) - SANTOS DEFENDEU - 0 x 3



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