por Rafael Emiliano
O presidente do São Paulo, Julio Casares, revelou em entrevista à 'TV Cultura' que o clube pretende iniciar ainda nesta terça-feira (12) a venda de ingressos para a torcida do Tricolor no Maracanã para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, no domingo (17), contra o Flamengo.
Segundo o mandatário, ainda estava sendo estudada uma logística para a comercialização dos 3.500 ingressos que serão disponibilizados à torcida do Tricolor no estádio carioca.
Entretanto, de acordo com o Casares, o São Paulo busca viabilizar no mais tardar para quarta-feira (13) a comercialização dos ingressos.
"Temos mais de 60 mil e temos que dar preferência em janela por categorias. Isso vai frustrar a grande maioria. Estamos fazendo trabalho para que tenha condições de ser vendidos a partir de amanhã (terça-feira). O que acontece? Temos destinação de 3,5 mil para comprarmos", disse Casares.
"Nós vamos comprar e não temos condições de traze-los fisicamente. Vamos trabalhar para a gente conseguir vender até amanhã. Hoje teve uma reunião com a PM e as autoridades, estamos vendo a logística disso. O São Paulo permanentemente está atualizando", apontou o dirigente.
A venda de ingressos para os são-paulinos no duelo com o time da Gávea no Rio de Janeiro (RJ) é motivo de polêmica desde a definição do confronto final do principal mata-mata nacional. Após rusgas entre as diretorias por conta do valor estabelecido para os bilhetes à torcida adversária no Maracanã (R$ 700), Casares chegou a jurar a 'lei do troco' na questão. Após conversa, contudo, a diretoria flamenguista aceitou deixar com o próprio São Paulo a comercialização das entradas.
Tudo indica que a venda dos ingressos será realizada pela plataforma Total Acesso, com quem o São Paulo mantém contrato para venda de suas entradas. Mas nada foi divulgado.
"O primeiro jogo é no Rio, e o Flamengo anunciou a venda e tabela o preço do visitante. O São Paulo tem preço de R$ 700 e meia de R$ 350. Temos que repetir na reciprocidade. Com os preços do São Paulo são 50% do preço do Maracanã. Não acho razoável, mas temos que entender que o torcedor que bate recorde, que se tornou a torcida mais popular do Brasil. São Paulo é líder nas arrecadações, precisamos precificar o Morumbi, que tem o setor popular, são 14 mil é pouco, é muito", destacou Casares.
Já para o duelo de volta, no dia 24, no Morumbi, Casares disse que ainda serão divulgados maiores detalhes, mas prometeu que facilitará a troca dos voucher pelos ingressos físicos para quem não mora em São Paulo (provavelmente dia 23 e 24/09 em local a confirmar).
O São Paulo já havia informado que a carga destinada a sócios-torcedores está esgotada, embora não se saiba qual era ela. O clube também não revelou quantas entradas já foram vendidas.
A única informação que se tem é que não há mais disponibilidade para nenhum setor no site da Total Acesso.
Outra coisa que ainda não está definida é a troca dos vouchers das compras online por bilhetes físicos, originalmente prevista para ser feita entre os dias 14 e 21, das 10 às 17 horas (de Brasília), no portão 3 do Morumbi.
"A dimensão desse jogo no Morumbi deve ter mais de 1 milhão querendo assistir, temos capacidade que restringe. O preço médio do sócio é 50 reais por jogo. Você garante uma janela de compra. Quando torcedor tem milhares querendo comprar, é um grande espetáculo", apontou o dirigente.
Segundo o 'Uol', já estariam esgotados também todos os lugares em restaurantes do estádio são-paulino que funcionam como camarotes em dias de jogo. Isso já teria ocorrido, inclusive, na mesma noite em que o time se classificou à decisão, com a vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, no mês passado.
Com esse cenário, somado ao aumento de preços para a partida que definirá o campeão da Copa do Brasil, o clube já projeta sua maior
renda da história, embora ainda não seja garantido ter o maior público deste ano (por ora, os 62 093 do Majestoso seguem como maior
dos últimos oito anos). É possível que passem mais de R$ 17 milhões pelas bilheterias do Morumbi, o que representaria o dobro do arrecadado na semifinal.
Se esse patamar for triplicado, o São Paulo poderá ter até mesmo a maior renda da história do futebol brasileiro. Essa marca pertence à final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia, no Mineirão: corrigidos pelo IPCA, os R$ 14,2 milhões da época alcançam R$ 25,4 milhões de hoje, algo com potencial de ser atingido.
Caso toda a capacidade do Morumbi fosse vendida pelo preço cheio (o que não vai acontecer, porque uma parcela dos ingressos foi vendida com desconto a sócios-torcedores), a renda poderia passar de R$ 45 milhões. Mesmo se não chegar perto disso, ainda tem boa chance de terminar no livro de recordes do clube ou até além dele.
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