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FIM DO BASQUETE? São Paulo é eliminado do NBB pelo Bauru e depende de parceria para sobreviver

Equipe tricolor de bola ao cesto pode ter feito sua última partida na história (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO
@avantmeutricolor

O São Paulo pode ter feito sua última partida no basquete nesta quarta-feira (14). O Tricolor entrou em quadra no Ginásio Panela de Pressão e foi superado pelo Bauru por 89 a 85, no jogo 3 das quartas de final do NBB. 

O Tricolor, precisando desesperadamente da vitória para se manter nos playoffs, foi valente e venceu o 1º tempo por 52 a 50. Na volta do intervalo, o time da casa reagiu, conseguiu a virada e concretizou o triunfo e vaga às semifinais. 

Com o resultado, a equipe são-paulina encerra sua participação na temporada 2024/25, com a série fechada em 3 a 0 para o adversário. E pode encerrar de vez também suas atividades profissionais.

Como trouxe o AVANTE MEU TRICOLOR em publicação em dezembro de 2024, o orçamento do São Paulo para este ano previa, entre outras coisas, o fim do basquete no clube, a partir de agosto. 

Entre janeiro e setembro da temporada passada, o basquete tricolor registrou um resultado operacional negativo de R$ 5,4 milhões — e a suspensão do repasse à área social de 5% dos patrocínios do futebol profissional. 

Esta era uma promessa de Casares quando em campanha, em 2020, que consta de seus planos de gestão, mas deixou de ser mencionada depois de criar polêmica naquele momento. 

Entre as despesas, chama a atenção o fato de terem sido previstos R$ 493,4 milhões com o futebol profissional, a despeito da limitação de R$ 350 milhões imposta pela criação do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) do clube. Mesmo com a correção pela inflação prevista nas regras do fundo, esse valor não chegaria nem perto de ser atingido.

PARCERIA É SALVAÇÃO

Segundo conselheiros ligados ao presidente Julio Casares, a modalidade atrapalharia a adequação financeira exigida pela implantação do fundo de investimentos com a Galápagos.

Por isso, segundo apurado pela reportagem do AMT, a única forma do basquete continuar vivo seria a realização de uma parceria com alguém que queira usar a camisa são-paulina ou a assinatura de um contrato de patrocínio vantajoso para a modalidade.

De acordo com esses conselheiros, o time atualmente é bancado por parte dos 5% repassados dos patrocínios do futebol profissional à área social, algo que, segundo o orçamento para este ano, acabou.

Não fica claro nos balancetes do clube quanto a verba paga pela Superbet, patrocinadora master do futebol, era repassado ao basquete, que também usa a marca em seu uniforme. Mas o contrato com a New Balance, por exemplo, já excluiu a modalidade, que utiliza camisas da SAO, marca própria de roupas do clube.

O São Paulo ainda não ser manifestou oficialmente sobre o fim do basquete a partir deste meio de ano.

O basquete e seu relativo sucesso imediato quando implantado, no final de 2018, foi o que catapultou, por exemplo, o atual diretor de futebol Carlos Belmonte ao posto atual. Casares já sofria certa pressão interna para acabar com a modalidade, vista como cara e sem retorno, mas por conta do apelo emocional de seu braço direito no esporte que vale (e o comando de seu grupo político), acabou ganhando certa sobrevida.

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