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São Paulo foi pragmático, mas precisou do básico para superar desgaste, pressão e Náutico e sair classificado na Copa do Brasil

Ferraresi foi expulso e complicou (entre aspas) um jogo que parecia encaminhado (Gabriel França/Náutico)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A noite prometia, com a torcida do Náutico fazendo festa digna de Libertadores e Aflitos pulsando.

Mas bastaram 11 minutos para o São Paulo mostrar o porque está na primeira divisão e o rival pernambucano na terceira. Foi justamente nesse espaço de tempo que Luciano desviou escanteio para marcar e o mandante teve jogador expulso.

Bem, parada resolvida, certo?

Errado.

Impor sua superioridade técnica, mesmo ante um adversário frágil, parece ser o maior dos problemas do time de Luis Zubeldía. Foi assim no final de semana, quando sofreu mais do que devia para vencer um retrancado Grêmio em pleno Morumbi. Foi assim nesta terça-feira (20), quando ficou no 2 a 1 sobre o Náutico, fora de casa.

Friamente, foi mais do que o suficiente para o time garantir sua classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. 

E lógico que ponderamos as adversidades, como o gramado pesado, o ambiente hostil e o time esfacelado pelo grande número de desfalques. Mas, de novo, o gosto que fica é amargo, de que talvez o time pudesse jogar mais. E olha que esta vez a culpa (se é que ela existe) talvez nem possa ser totalmente direcionada a Zubeldía.

Vejamos...

O jogo começou e o domínio foi total do Tricolor, que chegou ao gol em sua terceira finalização, logo aos 3 minutos. Após o goleiro deles defender finalização de Enzo Díaz, Oscar bateu o escanteio na medida para Luciano subir, testar e marcar. O terceiro gol seu na Copa do Brasil. O terceiro gol são-paulino na Copa do Brasil. Para deixar o placar agregado em 3 a 1. 

A fatura ganhava ares de liquidada aos 11, quando Marquinhos acabou expulso após 'patada' em Díaz. O cartão vermelho veio após indicação do VAR.

Aí virou massacre. foram sete lindos minutos de domínio total, com o São Paulo trabalhando bem a bola, com amplitude, transição rápida, até que Ferraresi achou que as coisas estavam fáceis demais. E devolver o presente do adversário, ao acertar um carrinho criminoso em um rival pernambucano e levar o VAR por indicação do VAR (havia sido penalizado com o amarelo antes).

Foi a deixa para a mudança de paradigma da partida. Zubeldía compactou seu time em um 4-4-1, deixou as linhas mais reativas atraindo o desesperado Náutico e jogando por uma bola. E o cenário visto foi o de um Tricolor conseguindo articular ofensivamente muito mais graças aos espaços deixados pelo rival do que qualquer outra coisa.

Justo, podemos dizer, afinal, como já falamos, é um time desgastado em um campo pesado. E do outro lado, com todo o respeito, está o Náutico, que partiu ao ataque e deu espaço, permitindo lances de perigo ao São Paulo quando subia sem muita estruturação e pecava nas tentativas de finalização de longe.

Na volta do intervalo, a toada seguiu a mesma. Um compactado Tricolor apostava na recuperação da bola nos espaços dados ao Náutico e se sobressaía na sua imensa qualidade individual ante o adversário.

Chances mequetrefes surgiam, com chutes de longe dos dois lados, apostando no gramado completamente prejudicado pelas chuvas. Mas faltava calibre no pé. Isso até os 29, quano Zubeldía, fiel ao estilo de jogo escolhido, deu oportunidades para jogadores que quase sempre só esquentam o banco. E dois deles decidiram de vez a parada. Enzo Díaz alçou à área, Ryan Francisco finalizou, Muriel defendeu e, no rebote, Rodriguinho pegou na veia de fora da área e marcou o segundo.

Ainda teve tempo do Náutico ao menos honrar sua torcida. Como a vaca já tinha ido para o brejo, aos 37, Hélio Borges aproveitou o apagão da defesa, desviou cobrança de escanteio e empurrou às redes. O lance chegou a ser anulado por impedimento, mas foi validado após revisão do VAR.

Ainda teve tempo de Rodriguinho receber bolão açucarado de Oscar nos acréscimos e conseguir chutar para fora após driblar o goleiro.

PIX da CBF na conta (importante), o São Paulo volta às oitavas da Copa do Brasil, posição onde vem se garantindo desde 2022. Espera o adversário em sorteio a ser realizado pela entidade máxima do futebol brasileiro. Os jogos acontecem após a pausa para o Mundial de Clubes, previstos para as semanas de 30 de julho e 6 de agosto.

Antes, contudo, o clube volta ao Morumbi neste sábado (24) para tentar melhorar sua situação no Campeonato Brasileiro contra o Mirassol, às 18h30 (de Brasília).




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