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PRESIDENTE DO SANTOS PEDIU DESCULPAS A CASARES POR VANDALISMO: CONVERSA COM ORGANIZADAS ACALMOU ÂNIMOS PARA MANUTENÇÃO DE ACORDO

Marcelo Teixeira durante evento de seu clube, no início do ano (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, ligou pessoalmente para Julio Casares, mandatário do São Paulo, pedindo desculpas pelos atos de vandalismo cometidos pela sua torcida na última segunda-feira (4), após jogo contra o Juventude pelo Campeonato Brasileiro que o rival litorâneo mandou no Morumbi.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, a medida visou controlar danos institucionais entre os clubes e, principalmente, garantir a manutenção do Morumbi como palco para os jogos do time santista na capital paulista. Isso porque o clube já vendeu cerca de 30 mil ingressos para o duelo contra o Vasco, no próximo dia 17 (domingo), que também acontecerá na casa são-paulina.

O passo mais significativo, no entanto, para que Casares não barrasse o Morumbi para os jogos do rival foi dado antes, ainda na terça-feira (5), quando conversou com líderes das principais torcidas organizadas do clube.

Entre reclamações pelo comportamento dos santistas (leia mais abaixo), houve a explicação de Casares de que o estádio, em si, não foi danificado. E que cedê-lo ao Santos é a única forma de atender pedido das próprias organizadas, que pediram a realização na Vila Belmiro das partidas em que o Tricolor não puder usar o Morumbi por conta da realização de shows.

O assunto foi debatido ainda no primeiro semestre entre Casares e membros influentes da Independente e Dragões da Real, críticos da escolha por Brasília (DF), com quem o clube chegou a assinar um acordo, e entusiastas do estádio santista por ser menor e com as arquibancadas próximas do gramado.

O Pacaembu, escolha natural para se jogar sem o Morumbi, está proibido internamente por conta da grama sintética. E ademais o agora privatizado estádio está sem laudo para a realização de partidas de futebol.


TEIXEIRA SE EXPLICA

Marcelo Teixeira pediu desculpas a Casares e se comprometeu a pagar todo o prejuízo causado pelos seus torcedores, algo que o Santos já tinha se prontificado por meio de nota oficial divulgada ainda na terça.

O presidente santista ainda disse que entenderia caso Casares quisesse dificultar a liberação do Morumbi no futuro e que isso não o impediria de disponibilizar a Vila ao Tricolor. Ouviu que o assunto está superado e que o acordo segue mantido.

Na noite de segunda, após a partida do time litorâneo ante o Juventude, torcedores deles arrancaram e rasgaram publicidades da Superbet, casa de apostas que patrocina o São Paulo, que faziam alusão ao clube do Morumbi e seu tricampeonato mundial, na estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela do metrô paulistano.

Além disso, vídeos de integrantes das organizadas santistas vazaram, mostrando eles pichando muros nas cercanias do Morumbi.

De acordo com a nota oficial do clube da Vila Belmiro, eles vão arcar com o prejuízo causado, ou seja, vai pagar à empresa o reparo das publicidades.

“O Santos Futebol Clube repudia veementemente os atos de vandalismo na estação São Paulo-Morumbi, da Linha Amarela do metrô, após o jogo contra o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro", diz o texto.

"Todas as medidas cabíveis já estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelos danos. O Clube já solicitou às imagens e colaborará integralmente com as autoridades para a reparação dos prejuízos causados. O Santos FC reforça que não compactua com nenhum tipo de comportamento violento ou destrutivo, dentro ou fora dos estádios”, completa.

REAÇÕES

Henrique Gomes, o Baby, um dos líderes da Torcida Independente Tricolor, afirmou que não haverá reciprocidade após os atos dos santistas, em um provável retorno do São Paulo à Vila Belmiro ainda neste ano. A parceria firmada entre os clubes não prevê obrigatoriedade de uso dos estádios, mas sim a possibilidade de até três jogos neste Brasileirão. 

O Tricolor, como tem agenda lotada de shows no Morumbi no final do ano (clique aqui e veja), certamente terá que utilizar a casa santista na baixada para realizar algumas partidas, já que o Campeonato Brasileiro deste ano vai quase até o Natal. 

O líder da torcida são-paulina, no entanto, criticou o Santos e ironizou seus torcedores:

“’O Santos é o time da piada, o Santos é o time do meu vô’. A musiquinha zoeira de estádio, com rivalidade café com leite (já que o Santos não incomoda ninguém), merece um tom maior depois que vândalos agiram na Estação Morumbi do metrô:

“Santos do c@ralho, lugar de peixe é dentro do aquário”. Esse cabe perfeitamente, tanto pelo tamanho da menor torcida dos grandes de SP, quanto por terem agido feito animais que não sabem conviver em sociedade. Quando a torcida do São Paulo teve mando na Vila Belmiro, respeitou o estádio e redondezas.

Diferença de grandeza, tá ligado?

Esperamos que o Santos tenha um pouco de vergonha na cara e assuma o prejuízo dos vândalos. Difícil, mas quem sabe surpreendam.

Pelé teria vergonha...”, postou Baby em suas redes sociais nesta terça. 

MAS ELE NÃO FALA POR TODOS...

Porém, a Independente não fala por todo são-paulino vivo. Na internet, muitos tricolores se mostraram indignados com os atos santistas, protestaram e cobraram o São Paulo por alguma postura rígida. 

Alguns torcedores mais raivosos, entretanto, prometeram algum tipo de retaliação quando o Tricolor for jogar na Vila, como um são-paulino que prometeu levar uma lata de sardinhas, e que a estatua de Zito no estádio seria o alvo. Veja abaixo:



MORUMBI E ARREDORES INTACTOS, DIZ CLUBE

O Morumbi e as cercanias do estádio não tiveram nenhum tipo de depredação por parte dos rivais praianos. 

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, de responsabilidade da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), não foram registradas ocorrências de vandalismo ou depredação do patrimônio público e privado no estádio do Morumbi e cercanias durante e depois do jogo do Santos.

Segundo o São Paulo, o acordo para cessão do Morumbi prevê pagamento por parte do Santos em caso de incidentes, como cadeiras, banheiros ou bares quebrados, além de pichações e afins. Mas o departamento de patrimônio não atestou nada do tipo na varredura realizada na manhã desta terça-feira (5).

O acordo é recíproco e o São Paulo terá de pagar ao Santos caso sua torcida quebre algo quando utilizar a Vila Belmiro como casa.




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