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Revelação de Cotia se transferiu para o Porto em janeiro (Miguel Schincariol/SPFC) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O presidente do São Paulo, Julio Casares, aproveitou uma entrevista concedida ao canal 'TNT Sports' para tentar explicar mais uma vez as políticas da gestão no que se refere às categorias de base do Tricolor.
A começar, o mandatário são-paulino tentou justificar alguns valores de negociações do clube por suas revelações. Citou, claro, a saída do ponta William Gomes, que em janeiro deixou o Morumbi para atuar no Porto por 10 milhões de euros (cerca de R$ 61,4 milhões), com o São Paulo mantendo 20% dos direitos.
"O São Paulo precisa vender como regra. Se será A, B ou C, depende de oferta e mercado. Eu ouvi pessoas falando de William ser vendido a preço de banana. Meu Deus, ou ele não entende o preço da banana, ele tinha pouca minutagem, isso tem que deixar claro", disse Casares.
"Nas redes sociais hoje temos gente que entende de tudo, Balanço, Finanças, Fisioterapia. Veja, ele é um grande jogador, não se firmou lá ainda, vai se firmar. Achamos que fizemos uma boa venda, por vezes o profissional quer ir embora, ele não quer mais ficar", completou.
Segundo o dirigente, há necessidade de se vender por conta dos gastos.
"É uma despesa operacional que antigamente era lançada como investimento. É uma terminologia contábil e a base que era lançada como investimento, agora entra como despesa", disse.
"Cotia, a base mudou muito. O setor cresceu demais, você tem que dar condição e investir. Fizemos isso no Tecfut na base com o Dr. Eduardo Rauen. É um mercado de negócios. Com mais investimentos, ao invés de três ou quatro, eu posso ter dez. Isso ajuda desportivamente, financeiramente, tendo a força e a técnica de um jovem com a experiência de jogadores como Rafael, Oscar, Lucas", completou.
Por tudo isso, Casares diz que a parceria com o magnata grego Evangelius Marinakis é essencial para ajudar a potencializar os investimentos na base.
A diretoria do São Paulo assinou um memorando de entendimento com o grupo do magnata grego Evangelius Marinakis para encaminhar (ainda mais) a parceria pelo recebimento de investimentos em sua grande parte para as categorias de base do Tricolor.
Conforme apurou o AVANTE MEU TRICOLOR, o documento oficializa o entendimento entre as partes para cláusulas de divisão da verba de US$ 100 milhões (cerca de R$ 600 milhões) que o clube do Morumbi receberá para os próximos cinco anos.
O memorando estabelece de que forma a grana será gasta pelo Tricolor. A reportagem apurou que ficou acertada que parte desse montante (aproximadamente R$ 100 milhões) será despedida em reforços para o time profissional. Mas há teto para gasto com jogadores de até 25 anos.
"Torcedor, não entre em alarmismo e fake news. Não vamos vender a base, nós procuramos um parceiro com plataforma esportiva. O Marinakis tem o Nottingham Forest, Rio Ave e Olympicos. Então, ele tem plataforma financeira e esportiva, importante. Outro ponto é que eu já tenho sócio lá, mas sem colocar dinheiro. Os meninos sobem com empresário e agentes e com porcentagem. Assim, o sócio segue com porcentagem, mas me paga para isso", disse.
"O São Paulo nunca teve dinheiro de fora e com um investidor agora que tenha resultado numa venda, devemos pensar com criatividade. Prefiro vender dez ou 12 da base do que um ou dois da base com sociedade que não me dão nenhum dinheiro. A ideia é maximizar nossos recursos e termos uma ampliação dos ganhos com as categorias de base pensando no futuro", completou o mandatário tricolor.
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