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Treinador argentino durante a partida desta quarta (Rubens Chiri/SPFC) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Aliviado com o empate do São Paulo arrancado nos últimos minutos contra o Libertad em pleno Morumbi, pela Copa Libertadores, resultado que acabou garantindo a classificação da equipe às oitavas de final, o técnico Luis Zubeldía não teve como não utilizar boa parte da sua entrevista coletiva para enaltecer o elenco.
Pudera. O Tricolor jogou com um jogador a menos desde os 16 minutos de jogo, quando Alisson foi expulso após carrinho imprudente. E após os paraguaios ensaiarem um vexame são-paulino, o garoto Lucca entrou em campo pela primeira vez e marcou aos 44 para selar a igualdade no marcador e carimbar a vaga.
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"Esse elenco tem algo extra que sinto no coração, esse time tem um extra que vai nos levar a coisas muito lindas. Não é um jogador, nem de Cotia, nem os experientes, são todos juntos. Temos mais que bons jogadores. Possivelmente teremos que sofrer, em alguns pontos podemos não ter os resultados que queremos, mas ao final da temporada veremos", filosofou Zubeldía.
Aliás, sobre a entrada do jovem de 17 anos, que está há menos de um mês trabalhando no profissional e chegou duas vezes a aquecer, ficar à beira do gramado, mas voltou ao banco por decisão de Zubeldía, o treinador fez uma analogia no mínimo esquisita para justificar a sua escolha (que agora vimos que deu resultado).
"Sobre a entrada de Lucca, sabe jogar truco? Eu tinha três cartas. Na primeira carta não entrou, na segunda também não, na terceira carta colocamos ele. Vinha com bom antecedente, tinha de ganhar na última mão, e como em um jogo de truco ganhamos com ele. Já tinha tentado duas vezes, na terceira vencemos", disse.
"O técnico vai tendo mensagens na semana de jogadores que não conhece muito. Lucca vinha de dois treinos muito bons e uma prática reduzida muito boa. E, em um jogo contra o Fluminense sub-20 no Rio de Janeiro, não foi tão bem. Conosco, estava muito bem. Vimos que poderia ser uma carta para usarmos em um jogo", completou o argentino.
Também como era esperado, Zubeldía tratou de lamentar a expulsão e partir para o chavão de que, com Alisson em campo, as coisas seriam diferentes.
"Se não tivessem expulsado hoje um jogador, poderia ter sido mais tranquilo e poderíamos ter sido mais efetivos. Às vezes, errar um gol como o do Ferreirinha, é nervosismo. Aumenta responsabilidade. Mas, para concluir, gostei da postura da equipe. Fizemos um bom jogo com números, mais posse, chutes a gol com um a menos. Temos que seguir neste caminho. Agora é olhar se seguimos por esse caminho no Brasileirão e poderemos crescer como equipe", disse.
O argentino, aliás, tratou de ponderar as críticas que vêm recebendo (algo que, sejamos francos, não é algo inédito).
"Momentâneo, tudo é momentâneo no futebol. O que hoje se reclama uma ou duas pessoas, amanhã é outra. A paixão é assim, com um treinador, com um jogador, com um árbitro. É momentâneo. O rendimento individual e coletivo sempre te faz sair de situações de reclamação do torcedor. Estamos preparados. Se não joga bem, tem reclamações. Estou feliz com o elenco, temos de melhorar para sair crescendo", concluiu.
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